sábado, 20 de agosto de 2011

dia e noite

Mais que o dito latino recorrente, preciso aprender o carpe noctem. Primeiro pelo fato de que sempre, desde os tempos mais remotos, produzi melhor à noite. Estou pensando no mérito mesmo. Não creio produzir muita coisa de interesse, mas julgo que essas raras ideiazinhas me ocorrem muito mais frequentemente em companhia da Lua. Da luz parece que procuro me esconder ou me proteger. Há quem pense o contrário, o que é sempre de esperar. A questão agora é estatística, de quantidade de horas que tenho (ou não tenho) para fazer o que tenho (aí não há alternativa) que fazer, o que me obriga avançar pela noite, invariavelmente.
Devo buscar o mínimo de organização e disciplina para manter alguma eficiência durante os momentos de claridade, pois o cansaço é inadiável. Uma grande dificuldade é que eu não trabalho com o mesmo material que estudo. Valeria talvez dizer que são dois mundos diferentes. Minhas atividades profissionais são de caráter burocrático-administrativo. Outra parte de mim é literatura. Estão faltando horas. Mas o que adianta trabalhar ao luar, se a felicidade não está ao meu lado?


Nenhum comentário:

Postar um comentário